sábado, 22 de abril de 2017

4G: o que é LTE?

quarta geração (4G) da telefonia móvel tem início com a tecnologia LTE, sigla para Long Term Evolution (algo como "Evolução de Longo Prazo"). Trata-se de mais uma proposta apresentada pela 3GPP. Apesar de, na visão da ITU (International Telecommunication Union), entidade ligada à Organização das Nações Unidas, o LTE não cumprir com todas as exigências técnicas necessárias para ser considerada um padrão 4G, comercialmente, a tecnologia é aceita como tal.
Assim como a tecnologia HSPA+, o padrão LTE chama a atenção pelas velocidades com as quais pode trabalhar: dependendo da combinação de recursos implementados na rede e do aparelho do usuário, pode-se chegar a taxas de 300 Mb/s para download e 75 Mb/s para upload.
Para facilitar a assimilação do aspecto de velocidade, o nível de compatibilidade de aparelhos com o LTE é determinado em categorias:
  • Categoria 1: download de até 10 Mb/s; upload de até 5 Mb/s;
  • Categoria 2: download de até 50 Mb/s; upload de até 25 Mb/s;
  • Categoria 3: download de até 100 Mb/s; upload de até 50 Mb/s;
  • Categoria 4: download de até 150 Mb/s; upload de até 50 Mb/s;
  • Categoria 5: download de até 300 Mb/s; upload de até 75 Mb/s.
É claro que estas velocidades dificilmente são alcançadas em sua totalidade, mesmo porque há uma série de fatores que determinam as taxas que uma rede LTE pode atingir. A quantidade de antenas em uso de maneira simultânea é uma delas - sim, tal como o HSPA+, a tecnologia LTE também pode utilizar as técnicas MIMO.
Outro fator importante é a frequência do canal, que pode ser de 1,4 MHz, 3,5 MHz, 15 MHz ou 20 MHz. Teoricamente, quanto maior a frequência disponível, maior é a taxa de transferência de dados.
O LTE também se diferencia pela forma de acesso. Enquanto as tecnologias UMTS e HSPA são baseadas no padrão W-CDMA, o LTE utiliza as especificações OFDMA (Orthogonal Frequency Division Multiple Access - algo como "Acesso Múltiplo por Divisão Ortogonal da Frequência"), que distribui as informações da transmissões entre diversos subconjuntos paralelos de portadoras, sendo este outro aspecto que favorece velocidades maiores para o downlink (download).
Em relação ao uplink (upload), o esquema utilizado é o SC-FDMA (Single Carrier Frequency Division Multiple Access - algo como "FDMA de Portadora Única"), que é uma especificação semelhante ao OFDMA, mas que consegue reduzir o consumo de potência, fazendo com que o uso de energia por parte dos dispositivos conectados também diminua. Apesar do nome, o SC-FDMA também pode utilizar subconjuntos de portadoras.
Embora o LTE se apresente como um padrão bastante avançado, já há trabalhos em prol de uma versão melhorada, o LTE Advanced, esta sim totalmente compatível com os requisitos da ITU para uma tecnologia 4G. A expectativa é a de que esta variação possa oferecer taxas de até 1 Gb/s (gigabit por segundo) para download e 500 Mb/s para upload.
O LTE pode funcionar com várias faixas de frequência. No Brasil, por exemplo, a tecnologia, quando estiver em funcionamento, deverá trabalhar com a faixa de 2,5 GHz.

Finalizando


Se você leu este texto do início ao fim (partes 1 e 2), pode ter se espantado com a quantidade de tecnologias relacionadas à telefonia móvel. Trata-se de um mercado que envolve o interesse de diversas empresas e governos e que, por consequência, evolui rapidamente, o que pode justificar tamanha complexidade.
Apesar de tantas siglas e denominações técnicas, agora você poderá compreender melhor o que as operadoras oferecem e, assim, encontrar um plano que seja mais adequado às suas necessidades e expectativas, por exemplo.
Seu dispositivo móvel também oferece meios para te ajudar a entender como está funcionando a rede de telefonia celular que você utiliza no momento: seu aparelho pode, por exemplo, exibir um símbolo com a letra 'G' para informar que está utilizando GPRS, 'E' para EDGE, '3G' para W-CDMA, 'H' para HSPA e assim por diante (consulte o manual de seu aparelho para mais detalhes).


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