segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Já dá para trocar o PC por um tablet Windows barato?

Você já deve ter percebido que a utilização de dispositivos portáteis tem sido cada vez mais frequente em todo o mundo. Smartphones e tablets já não são um grande mistério para o consumidor e muitos cogitam trocar os próprios computadores por aparelhos deste tipo. É verdade que a quantidade de funções permitidas pelos tablets é grande, mas será que isso é suficiente?
A grande dúvida que paira sobre a cabeça de consumidores é bem evidente: “Será que os recursos presentes nos tablets são suficientes para fazer com que a utilização dos computadores possa ser abandonada?”. É nesse ponto que começam a ser necessárias algumas análises mais aprofundadas em diversos cenários — pois somente assim torna-se possível uma resposta mais clara.
Para responder a isso, dividimos a utilização de eletrônicos em alguns dos principais segmentos: navegação na internet, serviços de mensagens, jogos eletrônicos, reprodução de conteúdo multimídia, instalação de softwares e portabilidade. Será que em todos eles é possível ficar plenamente satisfeito sem um computador ou notebook do modo que já estamos acostumados?
Importante: Vale dizer que vamos nos ater aos tablets com Windows de baixo custo para este artigo. Isso porque as comparações são todas referentes ao funcionamento de recursos deste sistema operacional — e que já são completamente absorvidos pelos consumidores que utilizam o sistema da Microsoft há anos.

Navegação na internet

Praticamente tudo o que utilizamos nos eletrônicos está diretamente conectado à internet. Por mais que não tenhamos a conexão direta, a rede foi necessária para o download, para a sincronização dos dados, para a atualização ou para quaisquer que sejam as funções. Mas é quando falamos da internet propriamente dita — com navegação por páginas e tudo mais — que a navegação fica evidente.
Utilizando computadores, tudo isso é muito simples e já faz parte de nossas vidas há muito tempo. Basta digitar um endereço no navegador e aproveitar o mouse ou o teclado para fazer com que as páginas sejam roladas. Acessar links também é fácil, sendo que isso vale também para quem prefere acessar menus de contexto e fazer o acesso por guias anônimas, por exemplo.
Na hora de importar isso para os tablets, há muita diferença? Felizmente não. A lógica da navegação é a mesma em praticamente qualquer dispositivo que existe nas lojas atualmente — algo que deve ficar ainda mais evidente com a chegada do Windows 10. Os navegadores podem ser instalados e executados com bastante facilidade e isso colabora para a boa experiência de uso.
Quem ainda não possui muita familiaridade com a utilização por toques na tela pode sentir alguma dificuldade no começo, mas é preciso deixar claro que o período de aprendizado para os tablets com Windows é o mesmo de qualquer outro sistema portátil. E quanto ao teclado virtual para conversas na web? Bem... É melhor tratar disso em uma seção específica.

Mensageiros e ferramentas de texto

Por anos e anos, pessoas de todo o mundo dedicavam boa parte de seu tempo em frente aos computadores para conversar com os amigos por meio de serviços de mensagens instantâneas. À época, o grande nome deste mercado era o MSN Messenger — que depois se tornou Live Messenger —, acompanhando de ICQ e também alguns clientes que utilizavam as redes IRC para permitir conversas em canais.
Com o crescimento do Facebook, o MSN acabou sendo descontinuado pela Microsoft e o mercado ficou praticamente dominado pelo mensageiro integrado à rede social. Uma das grandes vantagens dele em relação aos rivais era o suporte multiplataforma, que surgiu justamente quando os smartphones começaram a crescer exponencialmente no mercado. Mas digitar nos portáteis sempre foi um problema.
Compor longos textos com teclados virtuais é um processo realmente complicado e isso faz parte de qualquer sistema operacional. Logo, se você precisa se comunicar realmente com alguma pessoa, digitar com teclas emuladas será um problema — e isso se aplica muito bem aos tablets, que mesmo com teclas maiores ainda não é capaz de responder fisicamente aos comandos.
Ou seja, para que a experiência de digitação seja possível com mais qualidade, você precisa realmente de um teclado físico.  Vale lembrar que no Windows 10, toda a integração será feita automaticamente, garantindo que os usuários precisem apenas conectar os aparelhos e em instantes a utilização estará totalmente ativada. É importante mencionar que tudo isso se aplica da mesma forma em aplicativos próprios para textos e também emails, por exemplo.

Jogos

Em relação ao que falamos anteriormente, há poucas diferenças no desempenho dos aparelhos independente de qual seja a faixa de preço em que eles são vendidos. Mas e quando chegamos no setor de jogos, será que estes equipamentos de custo mais baixo conseguem reproduzir a mesma qualidade que outros tablets — e até mesmo computadores — oferecem?
A grande verdade é que ainda não é possível trocar um computador por um tablet e esperar que a experiência de jogabilidade seja a mesma. Jogos pensados para o modo tablet — aqueles que também podemos ver em smartphones e que são exclusivos para interfaces touchscreen — rodam sem grandes problemas e as pequenas variações que podem ser vistas se devem ao hardware de cada aparelho.
Por outro lado, jogos produzidos para computadores e que exigem teclado e mouse devem ser pouco aproveitados nos tablets Windows de baixo custo. Desenvolvidos para outros tipos de arquitetura e com exigências de hardware muito mais avançadas, devem ser poucos os games que rodarão com fluidez nos portáteis — sendo que praticamente nenhum título de alto desempenho será executado.
Em resumo: se você quer aproveitar os games mais pesados de computador, optar por um tablet com Windows pode ser uma decisão bem equivocada — lembrando que nem mesmo os aparelhos mais potentes devem ser capazes de substituir PCs comuns nesse quesito.

Multimídia sem problemas

Chegando nos recursos multimídia, praticamente tudo o que é possível nos computadores também está disponível nos tablets. Eles reproduzem músicas, vídeos e também permitem a visualização de fotografias com muita rapidez. Nesse ponto, terão problemas apenas os consumidores que costumam assistir a filmes em DVD nos computadores, mas serviços de streaming devem sanar isso rapidamente.
A execução de vídeos depende muito da resolução da tela dos dispositivos. Se no seu televisor você pode aproveitar a definição Full HD, nos tablets isso deve ser um pouco menos provável — isso em relação aos aparelhos de baixo custo, que geralmente ficam na casa dos 1200x800 pixels. Ainda assim, trata-se de uma resolução um pouco melhor que a de diversos notebooks presentes no mercado.
Para ouvir músicas, também não deve houver qualquer problema. Mesmo assim, consumidores mais exigentes provavelmente não vão querer se limitar ao áudio nativo nos tablets de baixo custo. Isso significa que para conseguir uma melhor qualidade, será necessário conectar o tablet a um bom fone de ouvido ou a um dispositivo de áudio externo — lembrando que isso pode exigir que ele fique estático.
Um dos pontos que ainda precisam ser melhorados está na capacidade de armazenamento, que interfere diretamente nos conteúdos multimídia. Os tablets de baixo custo com Windows não oferecem muito mais do que 8 GB ou 16 GB para os consumidores e isso pode ser um grande problema para quem está migrando de um computador para os novos eletrônicos.

Softwares

De nada adiante ter um excelente equipamento se a loja de softwares não for satisfatória. Com os tablets com Windows você não vai precisar se preocupar com isso, porque eles podem ter aplicativos instalados de diversas formas diferentes. Isso significa que além da Windows Store — familiar para quem usa o Windows 8 e o Windows Phone —, também é possível conseguir aplicativos com downloads diretos — como você já está acostumado há anos.
Tudo isso se soma para fazer com que os tablets equipados com o Windows sejam excelentes para quem não está querendo fugir muito do que já está acostumado. Vale dizer que a performance dos aplicativos depende bastante do hardware do aparelho em questão. Nos atendo aos tablets de baixo custo, o que se espera é que aplicativos comuns sejam executados sem qualquer problema.
Por outro lado, é bem importante frisar que softwares profissionais não são compatíveis com os tablets de baixo custo. Com hardware mais limitado e menos opções de controle, fica bem difícil fazer com que um dispositivo portátil desse tipo esteja apto ao uso para edição de imagens, vídeos ou músicas — recursos que demandam muita memória RAM e alto poder de processamento.

Portabilidade

Por mais leve que seja o seu computador, ele certamente vira um incômodo quando estamos falando de longas caminhadas e também de um dia inteiro de trabalho e faculdade, não é mesmo? Nesse quesito, é praticamente impossível competir com os tablets, uma vez que ele se torna uma opção muito mais leve e cômoda para quem costuma passar longos períodos fora de casa — e precisa carregar o eletrônico, é claro.
Por causa desses aspectos, o tablet consegue realmente tomar o lugar do notebook sem qualquer problema — até mesmo superando o rival nesse sentido. Por outro lado, se os computadores costumam ficar sempre em casa, a substituição dos aparelhos acaba não sendo uma grande vantagem — a menos, é claro, que nos limitemos ao valor de cada um deles.

Quais aparelhos estão no mercado?

Quando falamos sobre tablets de baixo custo, é comum que se espere preços um pouco abaixo dos R$ 600, mas a verdade é que já há como encontrar opções por menos de R$ 400. Entre os principais nomes do mercado atualmente, podemos citar modelos da CCE (como o TF74W), da DL (como o TP295) ou da QBEX (Intel Black 420i). Todos são equipados com processador Intel Atom e circulam por essa faixa de preço.

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Como fica claro, a escolha por um tablet para substituir os computadores comuns é uma questão de necessidade e preferência pessoal. Já é possível ter acesso às principais funções de um computador a partir de um portátil com o Windows instalado, mas é evidente que limitações ainda são uma parte considerável da tecnologia — principalmente para quem exige muita performance.
É importante deixar bem claro: tablets foram criados para oferecer portabilidade. O desempenho ainda está em fase de desenvolvimento e caminha a passos largos, mas ainda fica abaixo de computadores. Se você procura performance profissional, é melhor continuar com seu notebook. Por outro lado, se você quer gastar pouco e ter um aparelho leve, os tablets podem ser mesmo uma opção viável.
E quanto ao seu perfil de utilização? Será que os tablets de baixo custo podem satisfazer as suas necessidades ou você ainda acha que precisa de um computador completo para desempenhar suas tarefas?

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